Nightmare Wings - Gaia Online Vampire kiss: 2010

Linke-me


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Musicas escolhidas.

[POSTAGEM ALTERADA]

Talvez seja besteira, mas eu gosto de fazer isso u.u Esta ai a abertura e o encerramento de Vampire Kiss:
(Obs: Também são as duas primeiras musicas que tocam)
Abertura:   Futatsu No Kodou To Akai Tsumi - On/Off
Encerramento: Decode - Paramore

CAPÍTULO 13 - Decepções

A noite foi... Bem, inesquecível, não ouve nada demais depois do cinema, mesmo assim, depois de chegar em casa e mesmo depois de ir dormir, eu ainda estava nas nuvens.
Acordei na manhã seguinte com uma sensação estranha, de novo, olhei no relógio e quase não pude acreditar, eram 4:50 da manhã. Devo estar ficando maluca pra acordar tão cedo, mas depois que me arrumei entrei na internet e olhei os vôos do aeroporto e tinha um as 5:30 com destino para a Russia e se não me engano a Sibéria é uma região que ocupa a Russia. Isso seria um sinal? Não, claro que não.... Mas eu me lembro que minha mãe sentia quando algo ia acontece antes de uma corrida de trenós ou talvez antes de sair de casa e eu sei que herdei isso dela, mas se eu aprendi algo, é que pressentimentos são o que são, o verdadeiro destino não se acontece por adivinhações e sim por atos. Se bem que os bandidos de ontem a noite corresponderam ao meu mal pressentimento de mais cedo.
Parei de pensar nisso e peguei meu celular, e, adivinha, achei uma mensagem da Tiffany que pelo jeito foi mandada para todos os contatos que ela tem no celular, que devem ser uns trocentos bilhões. Estava assim:
"Galera, deixem o celular com a bateria carregada tenho uma noticia que vai deixar vocês de cabelo arrepiado!!! No momento certo eu vou mandar pra vcs enquanto isso se segurem. ;) "
Naquele momento eu tinha certeza de duas coisas: A primeira é que Tiffany ainda não contou nada, e a segunda é que ainda tenho tempo para bater na cabeça dela com uma pedra na esperança de dar amnésia. Mesmo com esperanças de me livrar dessa eu sei que não tenho esperanças como disse antes estou sentindo isso. Como ainda era cedo pensei em voltar para a cama, mas se eu chegasse beeeem cedo na escola talvez eu conseguisse escapar da Tiffany, pelo menos o suficiente para eu organizar meus pensamentos. Então desci e comi uma tigela de cereais antes de me arrumar e escrever um bilhete para o Simon avisando que sai mais cedo para a escola. No meio do caminho puxei o celular do bolso do casaco e mandei uma mensagem para Tiffany falando que estou indo mais cedo e não vamos nos encontrar na ida como de costume. Peguei o caminho mais longo para dar tempo da escola, no mínimo, abrir.
Resultado? Consegui e fui a primeira de todos os alunos a chegar, feliz da vida, fui para a minha primeira aula. Mas é claro que não vai ser exatamente agora, por isso decidi dar uma volta pela escola enquanto as pessoas chegavam.
A principio só via os intelectuais, tipo, os nerds. Tiffany chegou junto com uma galera bem animada. Até entendo, se você acorda para mais uma manhã entediante no colégio e se depara com uma mensagem no celular prometendo uma super notícia, lógico que até eu teria essa reação. Só não prestei muita atenção nisso porque um certo alguém de uma certa família tinha chegado, eu o observei de longe enquanto fingia estudar inglês. Olhei atentamente para sua expressão e Hiiro parecia estar incomodado com alguma coisa e ao perceber isso mais uma vez senti como se alguém ou alguma coisa estivesse escondida nas sombras esperando para me perfurara com uma faca ou uma espada. Engoli seco.
- Falai Yasha ainda não tomou seu chá de sumiço? - Brincou Agatha
- Ainda não, mas pretendo. - Dei uma risada mas logo voltei para o estado preocupado de antes - Eu sinto que vai dar tudo errado Agatha, estou com medo...
- Calma Yasha...- Agatha tentou me consolar, colocando a mão em meu ombro - Se quiser eu posso falar com a Tiffany e a convenço de desistir disso.
- Não! Tiffany já deixou varias pessoas curiosas, e também não tem problema quanto a isso é só que.... - Abaixo a cabeça respirando fundo.
- Vem vamos, a aula já vai começar - ela mal terminou de falar isso e sinal já bateu
Aulas normais, e eu não tenho biologia hoje. Agatha ajudando Theodore nos estudos, Tiffany pagando pau para Scott, tudo no mundo girando certo. Só não contava com Lauren, foi assim:
Eu tinha ido no banheiro tirar uma tinta que caiu na minha mão na aula de artes, ouvi algumas garotas entrando e, como sempre, sentia que deveria me esconder. Me escondi em um lugar onde nunca iam pensar, no armário da limpeza, assim não a veria suspeitas de alguém escutando a conversa delas.
Era Lauren e suas duas amigas Ângela e Marina.
- Lauren porque esta assim tão nervosa? - Disse Ângela.
- Eu sei o que Tiffany vai contar. - No momento que Lauren disse isso eu engoli seco.
- Serio mesmo?? E o que é? - Perguntou a Marina toda curisosa.
Mas Lauren demorou a responder.
- Essa Yasashii precisa levar uma longa conversa comigo. Pra uma novata ela esta sendo bem inconveniente.... - Pude sentir o ódio em suas palavras.
Eu até acho ela legal, mas o que ela pode ter feito?
- É o sobre o meu Hiiro, Ângela, entendeu? - Ouve uma breve pausa - Ontem eu fui para Port Angeles para comprar algumas roupas novas como devem imaginar. E pelas ruas lá estava o meu amor, pensei em agir só não contava com um..... Pequeno imprevisto. - Mais uma vez silêncio e a respiração profunda de Lauren - Eu vi Yasashii de mãos dadas com o meu Hiiro..... Estão entendendo a gravidade do problema??
- O que vai fazer? - Perguntou uma das amigas dela.
- Primeiro vou esperar o colégio inteiro saber e depois vou decidir o que fazer. - A voz dela já dizia que eu estava com meus dias contados. Ouço o barulho da porta abrindo e fechando. Sai do armário logo em seguida.
- Sim Lauren... Eu entendo a gravidade da situação.... - Falei para mim mesma. Antes de voltar para a aula. Eu só não esperava o que ia me ocorrer.
Hora do almoço, como sempre. Sentei na mesa e conversei com os outros normalmente, pensei em contar para Tiffany sobre a Lauren mas então algo inesperado aconteceu.
- Meu celular sumiu! - Exclamou Tiffany, quase gritando.
Agatha foi até Tiffany e vasculhou a bolsa dela - Tem certeza que não esta aqui dentro?
- Tenho! E até ja tinha feito a mensagem para mandar pra galera! - Quando ela falou isso me senti aliviada. Mas essa sensação logo passou no momento que eu lembrei, que se alguém pegar o celular dela, vai ver a mensagem e pode enviar para todos os contatos.
Eu estava de pé ajudando Agatha a procurar, quando então...
- Yasha...
Olhei para trás, mesmo já sabendo quem era. Sua expressão era séria, o que me deixou um pouco desconfortável. Mesmo sem virar os olhos, percebi que a maior parte das pessoas estava olhando na nossa direção, e eu achei que era ISSO que estava me deixando desconfortável, mas na verdade esse desconforto, como eu deveria lembrar, era sinal de que alguma coisa ruim ia acontecer. Dito e feito:
- Eu não quero mais te ver. - As palavras saíram da boca do Hiiro com tanta calma.
Fiquei parada no lugar sem entender nada, e sem conseguir falar nada.
- Co-como? - Perguntei, por algum milagre consegui falar alguma coisa enfim.
- Foi o que você ouviu, e como eu te dizia antes nós não podemos ser amigos.... Menos ainda ser mais do que só amigos Yasha... - Havia mais certeza nessas palavras do que as anteriores.
Olhei para o chão, minha respiração acelerada, desejando que isso fosse um daqueles sonhos bobos. Olhei para trás, Tiffany estava furiosa, Scott fuzilava Hiiro com os olhos, e Agatha, botou em meu campo de visão o celular dela. A mensagem de Tiffany, e foi realmente enviada para todos os contatos olhei para Agatha, que estava com uma expressão triste, e ela faz um sinal para olhar atrás dela. A umas mesas de distância, Lauren, como celular da Tiffany e sorrindo malignamente para mim. Dei uma boa olhada em volta, as pessoas sussurrando e rindo de mim, com os olhares de "e você acreditou mesmo que tinha chance?!"
Dentro de mim o ódio e a tristeza estavam em uma montanha russa. Eu não sabia o que estava realmente sentindo.
- Só espero que tenha entendido o recado. - Voltei para olhar Hiiro, as lágrimas já tinham escorrido pelo meu rosto, mas eu ainda demonstrava raiva. Ele não viu, estava de olhos fechados querendo dizer: "Não to nem ai pra você".
Assim eu fiz, levantei meu braço até o máximo e desci com tudo no rosto de Hiiro. Todos do refeitório pararam e ficaram espantados como que virão, mais espantado do que eles, estava Hiiro. Não me controlei e falei a toda altura para que ouvissem.
- Então é assim?? Você vem ganha minha amizade e então vem com essa estupidez?? O que você ta pensando?? Que eu sou um brinquedinho seu?? Acha que pode fazer o que quiser? Eu sou um ser humano não uma marionete!!! Se quer brincar com os sentimentos dos outros vá em frente! Tem muitas garotas que servem pra isso, mas eu não!! - As pessoas ao redor pareciam se encolher em seus lugares, e viravam os rostos. Até Lauren ficou sem jeito. Hiiro ainda estava com o rosto virado para o lado, o cabelo escondendo os olhos. - E quer saber? Sou que não quero mais te ver, some da minha vida!!! As coisas já estavam bem difíceis pra mim e você só piorou tudo! Obrigada por nada, se Idiota!!
Sai correndo e chorando, nem liguei para a voz da Agatha me chamando, corri o mais rápido que pude e entrei na sala de história, sentei no chão de cabeça abaixada e chorando.

Não acreditava no que tinha me acontecido, me lembrei que ontem eu estava nas nuvens, e agora estou no chão, o ruim de ficar nas nuvens é isso: Quando você perde essa capacidade de "voar" o tombo é imenso. Me lembro de quando minha mãe morreu, meu coração foi ferido, e esse tipo de ferida que se formou é do tipo que não pode ser curada, ao me mudar para Forks tentei começar tudo de novo, pois para essas feridas a unica coisa que se pode fazer é tentar esquecer, pois com o tempo a dor diminui mesmo que a ferida não desapareça. Pensei que Hiiro poderia me ajudar a esquecer a dor, mas ele só fez outra marca em meu coração, que esta doendo... Doendo muito.

domingo, 19 de setembro de 2010

CAPÍTULO 12 - Suspeitas

Pensei em desviar da mão que se aproximava de meu rosto com as piores das intenções, mas não achava coragem para arriscar. Senti as lagrimas se acumulando nos meus olhos.
A menos de 1 centímetro de me tocar outra pessoa segura seu braço, e pelo grito de agonia que o homem deu, deve ter sido bem forte.
- Meu...Meu braço... Como conseguiu? Argh.. - Foi o que o homem disse antes de voltar a atenção para sua dor.
Derrepente alguém me puxava para perto de si, e eu, me senti segura e muito aliviada. Por pouco não fui vítima de 4 homens mal intencionados. Muito pouco...
- Fiquem longe dela - as palavras de Hiiro cortaram o ar, em um tom de voz ameaçador que me fez tremer. Levantei a cabeça devagar para olhar seu rosto, foi quando vi, seus olhos azuis estavam mais claros como se tivessem uma luz própria, como naquela noite na floresta quando nos reencontramos.
Foi quando meu cérebro voltou a funcionar, então virei o olhar para o homem sentado no chão, com se braço ferido. Mas como? Hiiro realmente quebrou o braço do homem? Ele é tão forte a esse ponto? Não é possível, Hiiro só agarrou o braço dele por alguns segundos, isso foi muito estranho.
-Quem é você pra cortar o nossa diversão? - Perguntou outro homem que se aproximava.
- Se você se aproximar mais um centímetro seu pescoço vai ser o próximo quebrado aqui. - Aquele mesmo tom de voz continuava, e eu estava começando a ficar com medo de Hiiro. O homem que tinha se aproximado olhou o colega com seu braço ferido, e recuou.
Hiiro me puxou pra longe deles,e me senti mais tranquila depois de entrar no carro. Quando Hiiro entrou ele bateu a porta e apoiou o rosto nas nas mãos, escondendo principalmente seus olhos. Talvez eu poderia ter dito algo mas eu aprendi que, em certos momentos, um silêncio é melhor do que palavras. Passamos quase cinco minutos em silêncio total até que finalmente ouvi a voz dele.
- Você esta bem? - Pelo tom da voz pude ver que ele estava mais calmo.
- Estou sim. - Falei observando Hiiro - Mas e você?
- Não muito... Ainda estou tentando me controlar para não voltar até lá e fazer aqueles homens se arrependerem amargamente por terem pensando em fazer tais coisas com você.... - Respondeu ele, e deu pra sentir o leve toque de ira em sua voz.
- Por terem pensado? Como assim? Você por acaso lê pensamentos? - Perguntei um pouco confusa e até certo ponto desconfiada, que talvez Hiiro esconda mais segredos do que posso imaginar.
- Yasha... Por favor, não vamos mais tocar nesse assunto por um tempo ok? - Falou Hiiro, desta vez olhando pra mim, e era impossível desviar daqueles olhos azuis. Percebi que tinham voltado ao normal, mas de qualquer forma eu não creio que foi impressão minha, tem alguma coisa por trás dessa história e eu sei que vou descobrir.
Meus pensamentos voaram para longe, tentando responder as varias perguntas que se formaram sobre Hiiro neste dia. Só voltei a realidade quando, ao sair do carro, fui abraçada fortemente por Tiffany.
- Ficamos tão preocupadas!!!! - Disse Tiffany, quase que desesperada. - Esta tudo bem com você?
- Sim Tiffany esta tudo bem.... - Falei, tentando acalma-la.
- Nossa, que susto você nos deu Yasha!! - Agatha disse, respirando aliviada. - Bem agora que passou, esta na hora de voltar pra outra pessoa não acha?
- Como?
- Não ta na cara Yasha?? - Tiffany fez uma cara de "Hellooo", e quando ela viu que eu ainda não tinha entendido Tiffany segurou meu rosto e virou na direção de Hiiro, que estava a uns três metros de distância, no mínimo, de pé e olhando o movimento na rua. Quando ele me viu sorriu para mim e acenou.
- E não é mesmo? Como fui esquecer? - Falei rápido depois dei um breve tchau para as duas e corri para o lado de Hiiro que pareceu sorrir mais com a minha aproximação.
- Vamos então? - Perguntou Hiiro, pegando minha mão.
- Sim! - Respondi, e sem perceber eu corei um pouco.
Não foi de surpreender ver Tiffany e Agatha na mesma sala de cinema, mas foi uma surpresa ao ver elas sentando 6 fileiras atrás. O começo do filme foi como de se esperar, assassinatos misteriosos, o aparecimento dos heróis, as pessoas da vila duvidando deles mas aceitando por não terem outra escolha e aquilo tudo, até que chegou a parte em que eles entram na caverna do lobisomem. Legal até esse ponto mas aconteceram três coisas: A primeira é que o Lobisomem aparaceu derrepente pelo teto, a segunda foi que ele apareceu bem no meio da tela destacando a si mesmo, e a terceira.... Os caras da produção capricharam no figurino.
Levei um baita susto, mas o pior é que o encosto de braço que deveria estar me separando de Hiiro estava levantado, então nada me impediu de agarrar Hiiro. Eu corei muito e pretendia solta-lo mas então aconteceu a coisa mais imprevisível possível, o braço de Hiiro contornou minhas costas me puxando para mais perto de si. Ai sim, tenho certeza que fiquei vermelha feito um tomate.
Não prestei muita atenção no filme pra ser sincera, estava mais distraída com o fato que se Tiffany falasse tudo isso para a escola eu deveria me mudar permanentemente para a Groenlândia. Foi quando aconteceu, aquelas famosas cenas românticas do filme, quando o herói esta tendo um clima com aquela garota indefesa e muito linda da vila, então vi, o jeito que o cara olhava para garota. A ficha pareceu ter caído, então olhei para Hiiro, que, ao perceber que eu o observava, me olhou do mesmo jeito de quando ele me deixou com Tiffany e Agatha hoje mais cedo e ontem antes de ir embora, logo depois de ter me convidado pra sair, só que ao contrario do filme o sorriso e o olhar de Hiiro eram de certa forma mais lindos, talvez seja porque no filme as pessoas só fingem sentirem algo pelo outro. Com certeza este foi o dia em que minha mente bateu o recorde de perguntas sem repostas logicas ou que fizessem sentido pra mim. Mas a satisfação de saber que, de fato, Hiiro sente algo a mais por mim, fez tudo valer a pena.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

CAPÍTULO 11 - Perigo

Eu tinha certeza que estava linda quando Tiffany terminou, nem precisei me olhar no espelho. Mas por precaução eu me admirei por algum tempo. Isso é um pensamento de gente esnobe na minha opnião, mas meu pensamento normal sempre tinha a palavra "Hiiro" no meio de tudo, então era melhor eu ficar com a segunda opção.
- Yasha, adivinha quem esta lá em baixo? - Perguntou Agatha, ela tinha descido para o primeiro andar, e em menos de 1 minuto ela veio com a noticia, mesmo perguntando era muito facil saber de quem ela estava falando. - Ele e seu pai estão conversando bastante.
Senti o meu estômago revirando, afinal todo mundo sabe os assuntos de pais em relação aos filhos, precisei de muito tempo, e dos empurrões de Tiffany para conseguir sair do quarto.
Então lá estava eu, descendo a escada como nos contos de fadas, mas eu me senti descendo direto para meu túmulo. Segunda-feira sera um dia muito agitado, guardem minhas palavras, e Tiffany esta muito presente neste momento é o que mais me preocupa. Desde ontem venho pensado seriamente em pegar minhas coisas e fugir para a Sibéria enquanto ainda há tempo.
Desci o ultimo degrau e tomei folego, Agatha e Tiffany vinham atras de mim me dando apoio moral, mas não acho que funcionou muito.
Logo cheguei até o corredor que levava a porta de entrada, e lá estava, Simon com seu visual casual de fim de semana, e conversando com ele o maior motivo pelo qual ainda perco a respiração, ou seja, Hiiro. Quando eu os vi, tive um impulso de voltar correndo para meu quarto e por em pratica meu plano de fuga para a Sibéria, mas para meu azar Agatha e Tiffany estavam atras de mim então conseguiram me segurar e me empurrar de encontro com o destino.
- Yasha, ai esta você. - Disse Hiiro ao me ver - E você esta linda.... - Hiiro falou enquanto me olhava de cima pra baixo.
- A-arigato.
- Eu estava falando pra ele sobre quando você vinha pra cá nas ferias, lembra Yasha?
- Le-lembro sim pai.... - Corei muito e observei meu pai com um olhar de "Ah. Não. Pai me diz agora que é brincadeira e você não fez isso".
Digamos que minhas férias em Forks não foram as mais atraentes com os vários machucados que tive e porque fiz coisas com a qual tenho vergonha té hoje. Consegui ouvir Agatha e Tiffany segurando o riso atrás de mim, em uma fração de segundos passaram todas as alternativas possíveis de fuga daquela situação, desde desviar de Agatha e Tiffany e correr para o quarto e me trancar lá pelos próximos 20 anos até na possibilidade de aliens me abduzirem naquele instante. As duas me deram um rápido tchau e sumiram porta a fora, achei estranho, conhecendo a Tiffany ela tinha algo em mente. Bom pelo menos não tinha mais ninguém atras de mim, me impedindo de sair correndo.
Mas assim que eu ia me virar, Hiiro pegou na minha mão. Perdi a respiração de uma vez, a pele dele era gelada como a neve, e de alguma forma isso me deu uma sensação estranha muito difícil de descrever.
- Vamos? - Disse Hiiro, sorrindo pra mim.
No estado em que eu estava, só pude responder balançando a cabeça confirmando. Simon abriu a porta e Hiiro me conduziu pra fora.
- Divirtam-se e juízo! - Falou Simon, antes de fechar a porta.
- Juízo? - Perguntei indignada - Meu pai acha que ainda sou criança?
- Ele só esta se preocupando com você Yasha. - Falou Hiiro, e logo depois soltou minha mão. Quando ele fez isso eu fiquei um pouco tonta mas logo voltei ao normal.
Por incrivel que pareça, não pude falar mais nada. Eu sou muito azarada, é fácil pra mim ficar machucada ou ir para o hospital, então a preocupação do meu pai fazia sentido.
No momento em que sentei no banco do carona, senti aquela sensação de que algo ia acontecer outra vez. Passei algum tempo pensando sobre isso quando Hiiro interrompeu meus pensamentos.
- Tudo bem Yasha? - Perguntou ele.
- Estou.... - Tentei disfarçar.
- Então porque esta tremendo? - Eu nem tinha percebido que estava tremendo. Me encolhi no banco.
- É que.... Desde cedo tenho a impressão de que algo vai acontecer... Algo ruim. - A frase saiu com dificuldade da minha boca.
Olhei para Hiiro, e ele estava pensativo. Tentei afastar meus pensamentos então olhei pelo vidro, o céu quase sem nuvens, quando percebi que já tínhamos saído de Forks. Fiquei confusa, mas algumas placas pelo caminho tiraram essa duvida.
- Port Angeles ? - Perguntei.
- O filme "Meia-Noite" esta sendo estreado primeiro em Port Angeles.
- "Meia-Noite"? Título interessante... Como é a historia? - Perguntei, a essa hora aquela sensação já tinha passado.
- Parece que a historia começa com assassinatos misteriosos em uma vila, feitos por algum tipo de besta. Até que o povo da vila se cansa de tantas mortes e chamam um grupo de caçadores de monstros, que a unica missão é caçar e eliminar o Lobisomem - Falou Hiiro. E pelo sorriso dele, percebi que ele deve estar torcendo para Lobisomem morrer - A não ser, que você queira ver outro filme...
- Não, esse filme "Meia-Noite" parece ser bem legal. - Eu disse, enquanto observava o céu quase sem nuvens.
- Tem certeza que não vai ficar com medo? - Perguntou Hiiro
- Claro que não! - Respondi, mesmo tendo algumas duvidas sobre isso. - Onde já se viu, ter medo de uma caça a um lobisomem?! Não se preocupe comigo, eu ficarei bem.
- Então esta bem. - Disse Hiiro com aquele sorriso perfeito que faz meu coração disparar - Então... Quer dizer que a senhorita gostava de brincar na chuva... Sem roupa?
Corei instantaneamente.
- N-N-NÃO!! Fo-foi só três vezes e e-eu era mu-muito no-nova!! - Ah Simon, até isso você contou?
Hiiro começou a rir - Calma, não estou dizendo que você ainda faz isso... Ou faz?
- É claro que não!!  - Exclamei, abaixando a cabeça.
- Não precisa ficar assim Yasha... Só estou brincando. - Hiiro falou, levantando meu rosto com a mão direita.
Aqueles olhos azuis tiraram toda a minha atenção, e a essa altura meu rosto só estava ligeiramente corado.
Não demorou muito para chegarmos em Port Angeles, logo que sai do carro olhei em volta, não sou acostumada com cidades grandes, muito menos a beira do mar. Só que fiquei tão distraída que acabei tropeçando em uma garota, e logo nos duas caímos no chão.
- Gomen... - Ao olhar para a garota, foi impossível não reconhecer aqueles cabelos rosa - Tiffany! Mas que diabos esta fazendo aqui?
- Te seguindo, ué! Quero ter informações mais detalhadas do seu encontro! - Disse Tiffany na maior tranquilidade.
- Não estou tendo um encontro!! - Eu disse, já ficando corada(outra vez). - E cadê a Agatha?
- Ela ficou mais para o lado da Baía. - Falou Tiffany ainda muito tranquila, enquanto levantava.
Logo que eu levantei, e levei um susto ao ver Hiiro ao meu lado bem perto de mim, perto demais, o suficiente para eu começar a ficar sem fôlego.
- O que eu perdi? - Perguntou Hiiro com um sorriso simpático, mas ainda sim, de derreter o coração.
- Só a Tiffany que me seguiu até aqui! - Disse e então tentei me acalmar um pouco, o que eu podia fazer? Tiffany é assim não tem como muda-la. Infelizmente.
- A Yasha, quanto drama! Eu só estou te seguindo um pouquinho idái? - Falou Tiffany, logo depois ela suspirou - Aliais fez o trabalho?
- Aquele sobre partículas sub-atômicas? - Perguntei
- Esse mesmo!
- Sim eu fiz....
- Posso copiar de você? - Os olhos de Tiffany pareciam brilhar.
- Nem pensar Tiffany! Sabe o trabalhão que deu fazer aquilo?
- Yasha... Por favor!! -  pediu Tiffany, com seus famosos olhos de cachorrinho
- E porque não fez?
- Eu tento fazer mas sempre esqueço! - Falou Tiffany
- Esqueçe sem querer ou por querer? - Perguntei para Tiffany, desta vez ela ficou sem saída.
- Porque faz isso comigo Yasashii ? - Ela tentou fugir da situação
Eu ri um pouco.
- Yasha... - Hiiro interrompeu minha conversa com Tiffany - Você e sua amiga parecem ter muito o que conversar, porque você não fica com ela e depois nos encontramos no cinema? - Propôs Hiiro.
- Então tudo bem. - Respondi, enquanto tentava voltar a respirar normalmente.
- Não se preocupe Hiiro, não vou deixar ela fugir! - Disse Tiffany - Agora vamos voltar ao assunto de hoje: Me empresta seu trabalho vai!
Eu estava prestes a bater em Tiffany, quando percebi que Hiiro estava me olhando com aquele mesmo sorriso de ontem, mas logo depois ele se virou e andou para longe.
- Ele parece gostar de você..... - Falou Tiffany, esquecendo do trabalho.
- Que nada, você que pensa Tiffany.
- Eu que pensou? Já reparou o jeito que ele olha pra você? Porque eu reparei, e tenho certeza que Hiiro esta gostando de você Yasha, pode ter certeza disso!
Refleti sobre isso por um tempo mas logo depois apareceu Agatha que estava procurando por Tiffany. Em seguida fomos até o calçadão da praia e ficamos andando por lá, e conversávamos sobre vários assuntos, mas minha curiosidade estava na Lauren, a minha inimiga que eu não pedi, enquanto isso Tiffany continuava tentando me convencer de que Hiiro estava gostando de mim; eu podia dizer um milhão de vezes que isso seria impossível que ela repetia um bilhão de vezes que era verdade. Logo depois de outra dessas discussões, estava quase convencendo Tiffany então ela me logo me lembrou que eu tinha que voltar para o Hiiro. Com as seguinte frase:
- Se não for logo a única faísca de esperança ira se apagar e pode dizer adeus ao amor de vocês!
Usei um folheto para bater na cabeça de Tiffany, que riu. Me despedi delas, mesmo sabendo que se olhasse direito eu ia ver elas no cinema, exatamente uma ou duas fileiras atrás de mim. Não precisava ser vidente para saber disso.
Comecei a andar pela rua, mas meus pensamentos estavam distantes, até demais. Quando voltei a mim mesma, suspirei. Passei os dedos pelos cabelos e respirei fundo algumas vezes antes de virar a esquina. Ao atravessar outra rua, comecei a perceber que ia na direção errada. O tráfego reduzido de pedestres que eu vira ia para o norte e parecia que os prédios aqui eram principalmente armazéns. Decidi voltar para o leste na esquina seguinte, depois contornar após algumas quadras e tentar minha sorte numa rua diferente ao voltar para o calçadão.
Um grupo de quatro homens virava a esquina para onde eu ia, vestidos muito informalmente para estarem saindo do trabalho, mas sujos demais para serem turistas. À medida que se aproximavam de mim, percebi que não eram muitos anos mais velhos do que eu. Brincavam ruidosamente, rindo de forma estridente e empurrando o braço dos outros. Afastei-me mais para o canto da calçada a fim de lhes dar espaço, andando rapidamente, olhando para a esquina depois deles.
- Ei, e aí? - Gritou um deles enquanto passavam, e ele tinha de estar falando comigo, uma vez que não havia mais ninguém na rua. Olhei automaticamente para ele. Dois tinham parado, os outros dois reduziram o passo. O mais próximo, um homem troncudo, de cabelo escuro, de vinte e poucos anos, parecia ser o cara que falou. Usava uma camisa flanela aberta por cima de uma camiseta suja, bermuda jeans ragada e sandálias. Ele deu um passo na minha direção.
- Oi - murmurei, uma reação reflexa. Depois rapidamente desviei os olhos e andei mais rápido para a esquina. Pude ouvi-los rindo a todo volume atrás de mim.
- Ei, espera! - gritou um deles de novo, mas mantive a cabeça baixa e virei a esquina com um suspiro de alívio. Podia ouvi-los rindo lá atrás.
Eu me vi numa calçada nos fundos de vários armazéns de cores sombrias, cada um deles com portas largas para caminhões de carga, trancados a cadeado para a noite. O lado sul da rua não tinha calçada, só uma cerca de tela encimada por um arame farpado protegendo uma espécie de depósito de peças de motor. Eu vagava pela parte de Port Angeles que eu, como visitante, não devia ver. Estava escurecendo mais ainda, percebi, as nuvens finalmente voltavam. Uma van passou por mim e depois a rua ficou vazia.
O céu de repente escureceu ainda mais e, enquanto eu olhava por sobre o ombro para a nuvem degradante, percebi chocada que dois homens andavam em silêncio uns cinco metros atrás de mim.
Eram do mesmo grupo pelo qual eu havia passado na esquina, mas nenhum deles era o de cabelo escuro que falara comigo. Virei imediatamente a cabeça para frente, acelerando meu passo. Um arrepio que não tinha nada a ver com o clima me fez tremer de novo. Minha bolsa estava pendurada no ombro atravessada pelo meu corpo, como usamos para não sermos surpreendidas. Eu sabia exatamente onde estava meu spray de pimenta - na mochila embaixo da cama, a embalagem ainda fechada. Pensei em deixar cair minha bolsa "por acidente" e correr. Mas uma vozinha assustada no fundo de minha mente alertou que eles podiam ser coisa pior do que ladrões.
Tentei escutar atentamente seus passos silenciosos, que eram muito mais silenciosos quando comparados ao barulho tumultuado que fizeram antes, e não parecia que tinham acelerado, nem chegado mais perto de mim. Respirei, lembrei a mim mesma. Você não sabe se estão te seguindo. Continuei a andar com a maior rapidez que pude sem correr, concentrando-me na curva à direita, que agora só estava a alguns metros de mim. Eu podia ouvi-los, ficando para trás, como antes. Um carro azul entrou na rua, vindo do sul, e passou rapidamente. Pensei em pular na frente dele, mas hesitei, inibida, sem saber se estavam mesmo me perseguindo, e aí era tarde demais.
Cheguei à esquina, mas um olhar rápido revelou que era só um beco sem saída nos fundos de outro prédio. Dei meia-volta, cheia de expectativa; tinha que corrigir esse erro apressadamente e disparar pelo caminho estreito, de volta à calçada. A rua terminava na esquina seguinte, onde havia uma placa de Pare. Concentrei-me nos passos fracos atrás de mim, decidindo se correria ou não. Mas eles pareciam mais distantes e eu sabia que, de qualquer forma, não podiam me alcançar. Eu tropeçaria e cairia estatelada se tentasse ir mais rápido. Os passos certamente estavam mais distantes. Arrisquei uma olhada rápida por sobre o ombro e agora talvez eles estivessem a uns dez metros de mim, como vi com alívio. Mas os dois me encaravam.
Parecia que eu ia levar uma eternidade para chegar à esquina. Mantive o ritmo constante, os homens atrás de mim ficando um pouquinho mais para trás a cada passo. Talvez eles tivessem percebido que me assustaram e lamentassem por isso. Vi dois carros indo para o norte, passando pelo cruzamento para onde eu me dirigia, e repirei com alívio. Haveria mais gente lá quando eu saísse dessa rua deserta. Virei a esquina rapidamente com um suspiro de gratidão.E fiquei paralisada.A rua era cercada dos dois lados por paredes sem portas nem janelas. Eu podia ver a distância dois cruzamentos, postes, carros e mais pedestres, mas estavam longe demais. Porque encostados no prédio a oeste, a meio caminho para a rua, estavam outros dois homens do grupo, os dois olhando com sorrisos excitados enquanto eu ficava paralisada feito morta na calçada. Percebi então que não estava sendo seguida.Estava sendo conduzida.Parei por um segundo, mas me pareceu muito tempo. Depois virei e disparei para o outro lado da rua. Tive a sensação desanimadora de que era perda de tempo. Os passos atrás de mim agora estavam mais altos.
- Você aí! - O estrondo da voz do homem atarracado de cabelo escuro abalou a quietude intensa e me fez pular. Na escuridão que aumentava, ele parecia olhar através de mim.
- É - gritou uma voz de trás, fazendo-me pular novamente enquanto eu tentava correr pela rua.- Pegamos um atalhozinho.
Meus passos agora tinham que reduzir. Eu estava encurtando muito rapidamente a distância entre mim e o par que ria. Precisava dar um belo grito e puxei o ar, preparando-me para usá-lo, mas minha garganta estava tão seca que eu não sabia que volume poderia alcançar. Com um movimento rápido, passei a bolsa pela cabeça, pegando a alça com uma das mãos, pronta para me render ou usá-la como arma, o que a necessidade mandasse.O homem atarracado se afastou do muro enquanto eu cautelosamente parava, e andou devagar pela rua.
- Fique longe de mim - alertei numa voz que devia parecer forte e destemida. Mas eu tinha razão sobre a garganta seca, sem volume nenhum.
- Não fique assim, docinho - gritou ele, e o riso rouco recomeçou.
Eu me abracei e separei os pés, tentando me lembrar, em meu pânico, do pouco de defesa pessoal que conhecia. Vire a face externa da mão para cima, na esperança de quebrar o nariz ou enfiá-lo para dentro do cérebro. O dedo no globo ocular - tente enganchar e arrancar o olho. E a joelhada padrão na virilha, é claro. E aí a mesma voz pessimista falou em minha mente, lembrando-me de que eu provavelmente não teria chance contra um deles, e eles eram quatro. Cale a boca!, exigi da voz antes que o pavor me incapacitasse. Andei pra trás, quando derrepente encostei na parede, e então os homens conseguiram me cercar, e eu fiquei sem pra onde ir. Pela primeira vez na vida, eu gostaria de ter meu pai aqui comigo. Ou talvez, eu queria nunca ter vindo para Forks, que minha mãe nunca tivesse morrido. Mas a voz da minha cabeça voltou a falar me lembrando que se eu não tivesse deixado o Alaska eu não ia ter conhecido o Hiiro. Que ódio que eu tenho dessa vozinha na minha cabeça!
Os quatro homens sorriam pra mim de uma forma assustadora, que deixava bem claro as intenções deles, e isso me fez tremer. Quando um deles esticou a braço para me tocar, eu tive certeza que estava perdida.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CAPÍTULO 10 - Sensações

Depois que Tiffany voltou para casa, tudo foi muito rapido, e meu cerebro ficou tão lento que as coisas aconteciam e eu nem percebia. Nem vi quando Simon chegou em casa, nem percebi quando engoli o ultimo pedaço de frango no jantar, quando dei por mim eu ja tinha tomado banho e agora estou na cama pronta para dormir. Ao pensar no que o amanhã me aguardava a unica coisa que eu conseguia pensar era no Hiiro. Droga! Sera que ele nunca vai sair da minha cabeça?! Tentei me concentrar em qualquer outra coisa mas sem sucesso, me revirei na cama tentando adormecer, mas como o dia estava sendo rapido demais para o meu cerebro, eu adormeci e nem tive tempo de perceber o sono chegando.
Acordei com aquele barulho da chuva batendo na janela, me espreguiçei, sem nenhuma vontade de levantar, olhei para o relogio e vi que eram 7 da manhã.
- 7 da manhã..... 7 Horas..... - Eu disse para mim mesma - Pra que diabos eu acordei a essa hora??
Observei o relogio, com raiva de mim mesma então lembrei o motivo.
- Ai Yasashii, é nisso que dá você dormir pensando no Hiiro! - Continuei falando comigo mesma - Além de que agora são 7 da manhã e não 7 da noite....
Me ajeitei na cama tentando dormir, eu virava pra lá e pra cá mas mesmo assim não conseguia. O jeito foi me render, levantei da cama e fiquei observando o tempo lá fora pela janela.
Depois de escovar os dentes vesti uma calça comprida, e uma blusa branca mas nem aparecia por eu estar com um casaco marrom por cima, calçei meu All Star e desci até o primeiro andar, peguei uma maça e fui para a varanda onde fiquei sentada olhando a chuva e comendo maça, eu estava me sentindo esquisita como se algo fosse acontecer hoje. Logo Simon apareceu. Ele ainda estava de pijama, o que significava que tinha acabado de levantar.
- Admirando a chuva?
- É..... O frio é muito aconchegante para mim, me lembra minha antiga casa....
Ouve um silencio, que, só não foi absoluto, pelo som da chuva. Depois de 2 minutos resolvi quebrar este silencio.
- Pai, eu vou sair mais tarde com um amigo. - Foi o unico assunto que achei.
- Serio? Quem é? - Seu tom era de curiosidade.
- Hiiro.... Kyuketsuki Hiiro - As palavras sairam com dificuldade da minha boca.
- Kyuketsuki? Ja fazendo amizade com eles ?
- É....Pode se dizer que sim... - Tentei demonstrar ao maximo que eu não queria falar sobre essa "amizade". Porque tenho certeza que estou começando(ainda não acredito) a gostar do Hiiro mais do que deveria, mas a culpa é dele por ser perfeito demais.
- Bem.... - Vi que Simon tinhas entendido o recado - Se precisar de mim, vou estar lá dentro. - Ele sorriu para mim antes de entrar.
Continuei a observar a paisagem quando meu celular tocou.
- Alô?
- Yasha, sou eu Agatha. - Aquela voz calma tinha que ser a da Agatha.
- Oi, como vai?
- Eu estou bem, Tiffany ja me contou.
- Novidade.... Só pra você?
- Por enquanto sim, ela esta se perguntando até agora se vai contar para o resto da escola ou não. - Deu para ouvir uma risadinha do outro lado da ligação - Bom, ai eu pensei em ir na sua casa com a Tiffany bater um papo com você, essas coisas, e te ajudar a se arrumar depois.
- Claro, concerteza vou precisar de ajuda, não entendo muito de roupas. No Alaska eu pegava qualquer roupa que ficava bem comigo e combinava com o tempo. Aqui é diferente porque o clima é mais.... leve....
- Entendo...
- Qualquer roupa te servia?? - A voz de Tiffany era irreconhecível - Aaah! Que sorte você tinha Yasha!
Eu ri um pouco.
- Então esta combinado, a gente se vê depois Yasha, tchau. - A ultima voz foi a de Agatha.
Desliguei o celular, sem saber exatamente o que eu estava sentindo se era ansiedade ou tédio. Entrei dentro de casa, subi para meu quarto e liguei o computador, eu estava prestes a começar meu trabalho de história, era para pesquisar algo sobre monstros e seres misticos. Eu não sabia o que pesquisar então sai a procura de monstros e seres misticos na internet.
A hora passou rapido, e quando percebi a campanhia tocou, era Tiffany e Agatha. No começo elas me ajudaram com o trabalho, mas quando percebi ja estavamos sentadas no chão contando algumas fofocas, e tinham algumas revistas no chão.
Ate que o despertador do celular de Tiffany tocou, eram 5 horas e 30 minutos. Tiffany tem a fama de ser muito adiantada então eu ja sabia pra que ela tinha ajustado o despertador para aquele horário.
- Então o que fazemos? - Perguntou Agatha.
- Acho que.... - Tiffany começou a falar, olhando para meu cabelo
- Nem pensar, quero ele solto! - Disse num jato, antes que elas decidicem fazer alguma coisa nele.
- Então ta, nesse caso... - Começou a falar Agatha, enquanto ia até meu armario - Tiffany me ajuda aqui?
- Claro, e Yasha, pode ir tomar banho, e lave o cabelo para secarmos com secador vai ficar lindo. - Tiffany parecia bem animada.
Fui ao banheiro e entrei debaixo do chuveiro. Fiquei pensando no que podia acontecer naquela noite, e eu tinha uma sensação de que alguma coisa vai acontecer, e isso me assustava, porque quando tenho essa sensação eu sempre me ferro, da ultima vez, no Alaska, fui atingida por uma bola de neve gigante.... E aquilo não foi nada legal. Fiquei soterrada por 1 metro de neve, por mais incrível que pareça eu sai com vida. Até hoje não sei como.
Ao sair do chuveiro e ir para o meu quarto, dou de cara com um vestido na minha cama. Era um vestido cinza escuro que eu achei ter perdido, a manga era até o cotovelo e ele tinha o tamanho de um vestido normal usado no litoral, então tinha uma meia calça preta e uma bota da mesma cor do vestido para usar junto, para o clima de Forks, é perfeito.
- Achamos dentro o seu armário, parecia esquecido, você tem que fazer uma limpeza mensal de roupas, assim você ficara atualizada e nunca mais vai perder suas roupas - Falou a estilosa Tiffany.
- Você tem razão. - Concordei - A tempos eu não via este vestido....
O incrivel foi que o vestido não só ainda cabia, como ainda ficava ótimo em mim. Agatha e Tiffany começaram a secar meu longo cabelo, enquanto eu observava o vazio. Tiffany demora bastante porque ela toma muito cuidado, Agatha estava ajudando, mas aquela sensação de que algo estava para acontecer continuava e isso me deixou pensativa por bastante tempo.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

CAPÍTULO 9 - Rivais

A campainha tocou, concerteza era Tiffany, eu não tinha escapatória.
Levantei do sofá e fui em direção a porta de entrada, antes, porém, dei uma ultima olhada em Hiiro. Ele estava sentado e muito concentrado no filme que estava passando, então tomei coragem para abrir a porta.
- Oooi!! Yasha, como vai??
- Bem....Estava bem antes do....bem.... antes "dele" chegar.
- Ele quem??? - O tom dela nessa frase, me fez, por um segundo, ver a mim mesma na segunda-feira.
- Bem.... Tiffany você vai contar pra todo mundo! - Eu ja estava muito corada.
- É claro que eu vou, Yasha você já me deixou vir ate aqui, então já sabe das consequências. Vai diz de uma vez, quem é que veio te visitar? - Tentei não responder, mas a Tiffany tem um jeitinho de me fazer falar as coisas.
- Hiiro ta lá na sala vendo um filme comigo! - A frase saiu como um jato.
Tiffany não falou nada, simplesmente correu pela minha casa, até finalmente encontra-lo. Fui atrás dela, e ela estava olhando Hiiro da porta da sala, depois sem mais nem menos pegou na minha mão e me puxou até a cozinha. Ela sentou numa cadeira, deu um suspiro e depois falou.
- Yasashii!! Você tem uma sorte que não é deste mundo! Desde que Hiiro apareceu no colégio, nunca foi registrado alguma visita dele a casa de alguém, muito menos de uma garota! Tenho que contar isso pra alguém! Yasashii deixa! - Disse Tiffany, com aqueles olhos de cachorrinho.
- Olha Tiffany o assunto é mais delicado e complicado que isso, por favor coopera!
- Mas Yasha...... Eu tenho em mãos a notícia mais bombástica da história do colégio! - Ela continuava com os olhos de cachorrinho
- Tiffany, se controla mulher!! Você não pode contar desta vez! - Falei, na tentativa de covencer ela.
- Não quero me meter nos assuntos de vocês.... - Hiiro apareceu do nada, como sempre faz - ...Mas recebi uma ligação dos meus irmãos e eu tenho que ir agora, tudo bem Yasha?
- Claro, claro! Pode ir! Vai, vai! - O melhor que eu podia fazer naquele momento era me livrar dele, enquanto meu coração acelerava com a presença dele.
Ele riu.
- Então ta, já que insiste... Mas eu vou cobrar por isso.
- Como assim? - Olhei pra ele desconfiada, enquanto ele abria um largo sorriso no rosto.
- Quero que você vá comigo no cinema amanhã.
Congelei na hora sem saber o que responder, Tiffany estava ali comigo, o que significa que qualquer que seja a minha resposta, ela vai dizer para o colégio inteiro. Eita dia de fim de mundo.
- Olha Hiiro....- Comecei a falar.
- Ela aceita !!! - Tiffany disparou na minha frente.
- Nani?? - Perguntei
Derrepente minha mente deu branco e eu não consegui falar nada.
- Perfeito, eu venho te pegar as 7. Até lá, Yasashii. - Falou Hiiro, que se dirigiu até a porta
- Mas...mas.... - Eu ainda estava confusa com aquilo tudo - Hiiro!
Corri até a varanda, Hiiro já tinha descido as escadas, e estava parado olhando pra mim com aquele sorriso lindo de tirar o folego.
- Sim? - Perguntou ele, sua voz doce por pouco não tirou o resto de concentração que tinha.
- Bem....É que.... - Pensando melhor, eu já não tinha concentração nem pra fazer uma frase.
Senti a mão de Tiffany me puxando pra trás, e tampando minha boca com a mão.
- Esquece, ela não ia falar nada. - Disse Tiffany em um sorriso largo e uma radiante felicidade - Pode ir, você vê ela amanhã, tchau! - Aquele sorriso continuava no rosto dela, por pouco(muito pouco) eu não pisei no pé dela.
- Então esta bem. - Mesmo falando com Tiffany, ele olhava pra mim com um sorriso diferente, mais lindo do que qualquer outro que eu já tinha visto, mas não consegui identificar, mas eu sei que já vi em algum lugar.
Em pouco tempo o eclipse prateado já tinha desaparecido na esquina. Tiffany entrou sentou em uma cadeira que tinha na varanda, e apoiou os braços na mesa redonda de madeira e ela olhava para frente pensativa.
- O que foi? - Perguntei curiosa.
- Eu estava pensando na cara das pessoas quando eu contasse sobre você e o Hiiro. - Tiffany abriu um sorriso que logo desapareceu. - Mas ai lembrei da Lauren.
- Lauren?
- Ela veio do litoral da florida, onde é bem quente. Quando chegou aqui só reclamava do frio e que queria voltar logo para a florida. - Ela deu uma pausa lembrando. - Eu fui uma das primeiras amigas dela, e foi nessa época que Hiiro apareceu na escola com seus irmãos. De todas as garotas que gostam do Hiiro, ela é a mais insistente e faz de tudo só para ter o Hiiro só pra ela.
- Que pensamento egoista. - Falei
- É.... Por isso deixei de ser amiga dela, ela era muito competitiva, ela já humilhou muitas outras garotas que estavam no caminho dela. Quando falo que ela faz tudo para ter o Hiiro, é TUDO mesmo. - Tiffany suspirou antes de continuar. - É claro que o Hiiro nunca quis saber de nenhuma garota, principalmente da Lauren todo mundo sabe disso, mas ela não acredita.
- Mas se ela saber que o Hiiro esteve na minha casa.... - Começei a falar.
- E que ainda por cima a convidou para sair. - Completou Tiffany - Lauren vai enlouquecer e vai te atentar até o dia do juízo final! Ou pelo menos ate ela namorar o Hiiro.... Que vai ser nunca! Se você quer ficar com Hiiro, ela será sua maior rival.
- É mesm....- Corei - EU NÃO GOSTO DO HIIRO!! - Era óbvio que eu estava mentindo.
- Não vai conseguir me enganar! - Tiffany falou e deu um sorriso infantil
Logo depois eu e Tiffany entramos, subimos para o meu quarto e ficamos horas e horas conversando, mechendo no computador ou lendo revistas.
Mesmo assim, eu pensava seriamente sobre a Lauren, e não acredito que estou prestes a admitir, mas estou louca para sair com Hiiro amanhã.

Aviso da Autora:

Bem, só estou postando este aviso, pois sinto informar que o tempo gelado da minha cidade - Serio, aqui no jornal de hoje disse que (a noite) o frio pode chegar a 7 graus O.O Nunca vi isso aqui em Vila Velha(ES), é o aquecimento global, esta causando mudanças climaticas!! TODOS JUNTOS PARA SALVAR O MEIO AMBIENTE!! \o/(Maus aew o momento "ambientalista") - me causou uma gripe acompanhada de uma dor de garganta, e quando isso acontece é muito comum eu ter uma dor de cabeça, e as vezes febre. Simplificando: Estou começando a ter febre, e por isso não posso ficar muito tempo no computador porque depois de um tempo minha cabeça começa a doer muito(serio), e pra escrever os capitulos eu demoro algum tempo então eu vou demorar a postar o capitulo 9 mas prometo que vou terminar ele ainda esta semana, ja os outros eu não sei, depende da minha saude. '-'
Obrigada pela atenção. o/

sábado, 14 de agosto de 2010

CAPÍTULO 8 - Acontecimentos

O tempo passou voando, Simon passou bastante tempo comigo e sempre perguntava se eu estava bem, enquanto ao Hiiro, depois que eu virei as costas pra ele naquela hora, não o vi mais. Pouco antes de sair do hospital vi que Douglas tinha acordado, ele se virou pra mim me observando de cima pra baixo.
- O que foi? - Perguntei confusa
- Só estava pensando....Sabe, você é que ia ser atropelada, mas olha só para você. - Disse Douglas apontando pra mim - Esta perfeitamente bem, só bateu a cabeça. Enquanto a mim, eu estou todo arrebentado!
Dei um suspiro.
- É que Hiiro estava lá comigo, e me protegeu. - Vi a expressão confusa do Douglas.
- Kyuketsuki Hiiro? Mas eu não tinha visto ele, aliais eu podia jurar que vi ele um pouco mais distante.....Bem mais distante de você. Acho que tive alucinações...
- Então nos dois tivemos a mesma alucinação....
Douglas foi levado para a sala de Raio-X, e logo depois fui liberada e tiraram as faixas da minha cabeça, e então voltei para casa na viatura, porem, antes de ir, pude ver a van sendo levada por um guincho e consegui ver o amassado em sua lateral; o que eu vi antes não foi uma alucinação. Ao chegar em casa eu tomei um banho quente, em seguida fiz um Cup Noodles, e assisti um filme de ação com Simon na sala.
Como sempre Simon dormiu no sofá, então tive que acordar ele, e, sonâmbulo, foi para o quarto dele. Olhei o relógio e vi que estava na minha hora de dormir também. Desliguei a tv e subi ao segundo andar indo em direção ao meu quarto, coloquei o pijama a deitei na cama. Quando eu estava quase dormindo, senti alguma coisa acariciando meu rosto mas já era tarde demais, cai no sono.
Acordei de manhã, com muita preguiça, mesmo em um sábado, acordei as 8 da manhã, maravilha. Levantei da cama e olhei pela janela ainda tinha neve e muito gelo, e o tempo prometia muito frio, ainda bem, assim poderei passar o resto do dia em casa cuidando da minha vida particular longe dos problemas relacionados ao Hiiro. Sem nenhuma vontade, andei até o banheiro e escovei os dentes e tomei um banho para ver se eu acordava mais um pouco. Abri devagar a porta do quarto de Simon, ele ainda dormia, e ainda roncava, o que era um sinal para não acorda-lo ainda.
Desci e comecei a preparar algumas torradas, então ouvi os passos de Simon descendo a escada.
- Bom dia, papai.
- Bom dia minha filha, como dormiu?
- Dormi bem, e o senhor?
- Um pouco, queria ter dormido mais só que tenho que ir trabalhar hoje.
- Em um sábado? - Disse enquanto levava um prato com as torradas até a mesa
- Vida de policial não é fácil. - Respondeu Simon, dando uma dentada em uma torrada - Mas eu tenho orgulho do que faço.
- Que bom. - Falei enquanto sentava para começar a comer
Demorei um pouco para terminar, já Simon foi mais rápido e então olhou a hora comentou algo sobre se atrasar, deu um beijo na minha cabeça e se despediu. Ouvi quando ele fechou a porta, e quando a viatura saiu da garagem.
Suspirei, e terminei a refeição, lavei a louça que tinha se acumulado desde ontem, depois levei o lixo pra fora na possibilidade de escorregar no gelo e bater a cabeça outra vez. Mas quando eu estava voltando pra casa, um vulto passou por mim se colocando a minha frente e, é claro, no susto eu escorreguei.
Antes de me chocar contra o chão os braços de Hiiro me seguraram.
- Já quer voltar para o hospital? - Ele brincou, com um sorriso no rosto.
Eu sei que eu corei um pouco, mas ignorei, me firmei no chão e olhei diretamente para aqueles olhos azul celeste.
- Obrigada. - Agradeci, secamente.
- Ainda esta com raiva? - Hiiro perguntou, decepcionado.
- É claro! Ontem eu te fiz uma pergunta direta e você se negou a responder, e ainda disse que eu é que estava tendo alucinações! Como eu não ficaria com raiva de você? - Me virei de costas pra ele - O que veio fazer aqui?
- Vim ver se ainda estava com raiva e....Tambem vim ver você.
- Bem você já conseguiu sua resposta e já me viu, então pode ir...... - Eu disse isso, mas no fundo queria que ele ficasse.
- Yasha, você entendeu.
Desta vez não deu como escapar, corei muito, e meu corpo todo começou a tremer. Tentei me controlar.
- T-tudo bem, pode entrar mas com uma condição.... Você vai responder todas as minhas perguntas. - Eu sabia que ele não aceitaria, então eu ficaria livre dessa sensação que tenho sempre que ele esta perto de mim.
Mas então ele sorriu.
- Então esta bem. Aceito sua condição Yasha - Ok, esqueçam o que eu disse antes, não é tão fácil se livrar do Hiiro.
Abri a porta de casa, derrotada, e tentei não olhar para Hiiro, mas era impossível não percebe-lo, ele estava sempre perto de mim, perto demais, o suficiente para eu começar a perder a respiração. Andei em direção a sala e coloquei qualquer filme pra passar no DVD, Hiiro sentou no sofá me observando, pra falar a verdade ele parecia não tirar os olhos de mim.
- O que foi Hiiro?
- Nada... - Ele ainda olhava pra mim - Estou esperando suas perguntas.
- Eu preciso pensar um pouco, tenho que ver qual pergunta certa a fazer, para que você não me enrole. - Disse.
Sentei ao lado de dele e já estava tendo aquela sensação outra vez, e eu já estava perdendo a respiração. Tentei me controlar. Antes que eu percebesse o filme já estava no final, então me virei para Hiiro de uma vez.
- Como explica o que aconteceu naquele acidente Hiiro?
- Ué, a van escorregou no gelo e...
- Não, não, como conseguiu chegar até mim, na distância que estava? E ainda mais, eu só bati a cabeça no chão, quando devia estar cheia de ferimentos e talvez algum osso quebrado, e você que nem arranhado ficou! - Ele virou o rosto me ignorando - Hiiro!! - Desta vez eu gritei, o que pareceu assustar ele por um segundo, recuperei a calma rapidamente - Você me deve uma explicação.
- Eu salvei sua vida.... Não lhe devo nada.
Eu vacilei com o ressentimento na voz dele.
- Você prometeu.
- Yasha, você bateu a cabeça, não sabe o que esta falando. - O tom de voz era cortante.
Então eu perdi a calma e olhei para ele desafiadoramente. Ainda acho incrível o dom que Hiiro tem de me tirar a calma.
- Não há nada de errado com a minha cabeça.
Ele sustentou o olhar.
- O que quer de mim, Yasha?
- Quero saber a verdade.
Hiiro se inclinou e nossos rostos ficaram a menos de 10 centimetros de distancia.
- O que você acha que aconteceu?
A resposta saiu num jato.
- Só o que eu sei é que você não estava em nenhum lugar perto de mim... O Douglas também não o viu, então não venha me dizer que bati a cabeça com força. Você não esta nada machucado, enquanto eu e o Douglas sofremos alguns ferimentos, principalmente o Douglas... Aquela van ia atropelar nós dois... E não aconteceu, e suas mãos pareceram amassar a lateral dela... - Pude perceber como aquilo soava como maluquice e não consegui continuar. Estava tão irritada que podia sentir as lágrimas saindo; tentei obrigá-las a voltar, trincando os dentes.
Ele me encarava incrédulo. Mas seu rosto estava tenso, na defensiva.
- Sabe que ninguém vai acreditar nisso. - Agora a voz dele tinha um tom de desdém.
- Não vou contar a ninguém. - Eu disse cada palavra devagar, controlando cuidadosamente minha raiva.
Ele não me respondeu nada. Ficamos ali, nos encarando, por algum tempo, e o filme que estavamos assistindo até já tinha acabado os créditos finais. Meu celular tocou. Entreguei o controle para Hiiro e disse que ele podia mudar para qualquer outro filme.
Me afastei e atendi o celular.
- Alô?
- Heeeey !!!! - Era impossível não reconhecer aquela voz.
- Ah, oi Tiffany.
- Eeei, Yasha! Estou indo para a sua casa agora, tudo bem?
Paralisei no celular.
Pra começar, Tiffany é da turma das fofoqueiras e pra piorar, Hiiro, o garoto mais perfeito do colegio, estava na minha casa, na minha sala, vendo filme comigo. Pra finalizar: Me ferrei.
Afastei o celular e coloquei a mão em cima, para que Tiffany não me escutasse.
- Deus, essa menina é vidente? - Falei baixo - Como ela soube?
Ouvi umas risadas atrás de mim, então virei pra trás.
- Algum problema cidadão ? - Perguntei.
- Na-nada não.... - Hiiro virou o rosto, era evidente que ele escutou a conversa, mais precisamente o que eu tinha dito agora a pouco e sabia o que estava acontecendo, e estava segurando o riso.
Suspirei.
- Pode vir Tiffany, estou na minha casa... com um visitante....
- Seriooo? Quem é? Não acredito que ja esta traindo o Hiiro! - Corei na mesma hora.
- TIFFANY!!! - Gritei
- Hahaha, foi mal, já to indo pra sua casa, Tiffany desligando.
- Esta bem.... - Desliguei o celular - Ok, liguem para o meu empresário! Não quero nem saber! Me recuso a participar de filmes de terror! - Logo olhei para Hiiro, que já estava deixando mais evidente ainda sua vontade de rir. - Ainda com algum problema?
- N-não..... Nada não... - Ele ainda queria rir. Ah Hiiro! Se estivéssemos na cozinha, eu ja tinha batido com uma frigideira nesse seu rosto perfeito! Como você tem sorte.
- Tem certeza?
- Você é tão engraçada...
Essa eu não esperava, eu sabia disso desde pequena, mas por algum motivo quando vinha de Hiiro, era diferente. Eu corei bastante.
Sentei ao lado dele, tentando ignorá-lo, enquanto esperava pela chegada de Tiffany. No entanto, eu me sentia esperando pela morte. Ainda bem que ainda terei domingo para aproveitar meus últimos minutos de vida, do contrário, estaria perdida.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

CAPÍTULO 7- Hospital

Acordei com uma luz branca nos meus olhos, respirei um pouco. Aquele ar era inconfundível, eu estava em um hospital, ótimo, o que eu esperava para um dia melhor se tornou pior. Dentre tudo que eu detesto, nada me deixa tão desconfortável do que estar em um hospital. Eles tinham me colocado na emergência, uma sala comprida com uma fila de leitos separados por cortinas em tom pastel.
Passei a mão na testa e senti as faixas que tinham enrolado na minha cabeça, suspirei de tédio. O fato dos hospitais serem chatos é que nunca tem algo legal para fazer, eu por exemplo estava com uma vontade de ler algum livro, mas como foi a minha cabeça que bateu no chão, acho que ninguém ia deixar. Tentei me levantar, mas a mão de Hiiro me impediu.
- Devia descançar, você bateu a cabeça com força. - Desta vez sua voz estava menos tranquila, como se algo o incomodasse
- Não me diga o que fazer! - Eu ja estava perdendo a cabeça com tudo aquilo - Como você fez aquilo?
- Aquilo o que Yasha?
- Como você poderia estar do meu lado no momento em que a van quase me atropelou, se você estava a uns quatro carros de mim? Como foi tão rápido?
Hiiro apoiou as mãos na maca e se inclinou na minha direção, ficando uns 15 centímetros do meu rosto. Meu coração começou a acelerar.
- Yasha eu estava bem do seu lado.
- Não, eu tenho certeza que......Ai! - Minha cabeça começou a doer, pensar é, nesses momentos, doloroso
- Você deve ter tido alucinações.
- Eu ainda lembro perfeitamente de tudo! - Eu estava visivelmente irritada
- Discutimos isso depois....- Disse ele andando em direção a saída
- Não estavamos discutindo!!! - Quase gritei
Deitei de braços cruzados com um humor não muito bom. Uma enfermeira apareceu e pôs um termômetro debaixo da minha língua e um aparelho de pressão no meu braço, naquele instante tive vontade de me levantar e voltar para a escola e continuar o meu dia normalmente, poxa, eu tinha aula de biologia hoje... Espera, eu estou pensando no Hiiro?! Acho melhor continuar no hospital, pra variar, estou com um caso gravíssimo de obsessão, resultado do meu estado emocional, que é estar apaixonada pelo Hiiro. Legal, agora admiti isso! Me mandem para um hospício, rápido! Minha doença esta ficando mais forte! Simon entrou na sala e veio rapidamente até mim..
- Yasashii!! Esta tudo bem com você filha?
- Eu estou bem sim, pai - Eu suspirei - Não há nada de errado comigo.
Ele se virou para a enfermeira, pedindo uma segunda opnião. Desliguei-me dele para refletir sobre a confusão de imagens inexplicáveis que se agitavam caoticamente em minha cabeça. Simon se acalmou depois de um tempo, e foi para fora do hospital tomar um ar fresco, assim eu pude ter mais paz. Olhei para o lado e vi o dono da van, era Douglas, não o conheço muito bem, só nos encontramos nas aulas de inglês, Douglas parecia estar cem vezes pior que eu. Ele estava meio que acordado, quando me viu começou uma serie de desculpas, eu disse que estava tudo bem e que precisava descansar e a ultima coisa que ele me disse antes de adormecer foi uma promessa de que iria me compensar.
Eu suspirei e fiquei pensativa.
Depois um médico apareceu e minha boca se abriu. Ele era jovem, era louro.... e era mais lindo que qualquer astro de cinema que eu já vira. Mas era pálido, como alguém que eu conheço, alguém que não sai mais da minha cabeça aliais. Eu me lembrei que o pai do Hiiro era médico, seria ele? Até faz sentido ele e Hiiro são perfeitos como nunca vi na vida, mas como Hiiro é adotado não consigo ter muita certeza.


- Então, Srta.Yasashii - Disse o médico numa voz extraordinariamente agradável -, como está se sentindo?
- Estou bem. - Respondi
Naquele instante, Hiiro entrou na sala e se encostou na parede ao lado da maca em que eu estava, com as mãos nos bolsos da calça, e ficou prestando atenção na conversa. Tentei ignorar ele. Enquanto isso o médico foi até o quadro de luz na parede acima da minha cabeça e o ligou.
- Sua radiografia parece boa - disse o médico - Está com dor de cabeça? Hiiro disse que bateu com muita força.
- Eu estou bem. - Repeti com um suspiro.
Em seguida o médico foi ate a maca onde estava Douglas, para verificar seu estado. Levantei o suficiente para ficar sentada, virei o olhar para Hiiro.
- Era seu pai não é? - Perguntei
- Era sim. - Hiiro respondeu, mas pelo seu tom de voz algo ainda o incomodava.
- Qual o nome dele?
- Kyuketsuki Misaki. - Hiiro abaixou a cabeça e seu cabelo cobriu grande parte de seu rosto perfeito - Ainda esta com raiva?
- Um pouco....
Eu sabia que ele podia estar me observando, só que como o cabelo dele estava na frente eu não conseguia perceber. Ótima estratégia Hiiro, mas eu não sou tão inexperiente assim. Tentei desviar o olhar dele e meus pensamentos, deitei de costas para Hiiro.
Eu queria ter perguntado algo sobre o "quase" acidente, mas eu sabia que ele não iria me responder, então unica coisa que eu podia fazer era ficar em silencio. Droga, odeio me calar quando tenho a oportunidade!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

CAPÍTULO 6 - Imprevisto

Quando abri os olhos de manhã, havia algo diferente. Era a luz, ainda era a luz verde-acinzentada de um dia nublado, mas de certa forma mais clara. Pulei da cama para olhar para fora, e quase não acreditei no que vi. Uma fina camada de neve cobria o jardim e deixando a rua branca. Fiquei feliz, eu ja estava com saudade de ver a neve outra vez.
Simon saíra para o trabalho antes que eu descesse ao primeiro andar. De muitas formas, morar com ele era como ter minha própria casa, e eu percebi que me divertia com a solidão, em vez de me sentir solitária.
Engoli rápido uma tigela de cereais e um pouco de suco de laranja direto da caixa. Sentia-me empolgada para ir para a escola e isso me assustava. Eu sabia que minha expectativa não vinha do ambiente estimulante de aprendizado, nem de ver meu novo grupo de amigos. Para ser sincera comigo mesma, eu sabia que estava ansiosa para ir a escola porque veria Kyuketsuki Hiiro. E isso era uma grande estupidez de minha parte.
A escada da varanda estava mais coberta de gelo solido que neve, só não fiquei com medo de cair e quebrar alguma parte do corpo, como é tipico de minha personalidade, porque eu sabia que iria cair na neve macia. Como sempre encontrei Tiffany no caminho, talvez eu poderia comentar com ela sobre a noite anterior, mas Tiffany é meio que aquelas garotas que gostam de uma fofoca, e mais ainda de ter uma fofoca para contar para os outros, então fiquei quieta. Mas mesmo querendo ver Hiiro outra vez, de uma certa forma eu queria evitá-lo, e isso sim é uma grande idiotice.
Encontramos com os outros no estacionamento, tinham acabado de chegar no palio vermelho de Scotty, e eu tenho certeza que Tiffany morre de inveja de Agatha por causa disso, mesmo sendo amigas, não é possível evitar o fato de que sua colega vem pra escola todos os dias com o garoto que você esta a fim. Derrepente eu me perguntei se tinha arrumado o material das aulas de hoje, eu disse para os meus amigos que eles podiam ir na frente, eu precisava checar meu material.
Então lá estava eu, no canto traseiro do carro de Scotty verificando minha mochila, quando meu querido azar decidiu agir mais uma vez.
Ouvi um som estranho, foi um guincho agudo e estava se tornando rápida e dolorosamente alto. Olhei para cima, sobressaltada. Vi várias coisas ao mesmo tempo. Nada estava se movendo em câmera lenta como nos filmes. Em vez disso, o jato de adrenalina parecia fazer com que meu cérebro trabalhasse muito mais rápido, e eu pude absorver simultaneamente várias coisas em detalhes nítidos.
Kyuketsuki Hiiro estava parado a quatro carros de mim, olhando-me apavorado. Sua face se destacava do mar de rostos, todos paralisados na mesma máscara de choque. Mas a importância mais imediata foi a van zul-escura que tinha derrapado, travado os pneus e guinchando com os freios, rodando como louca pelo gelo do estacionamento. Ia bater na traseira do Palio e eu estava parada entre os dois carros. Não ia ter tempo nem de fechar meus olhos.
Pouco antes de ouvir o esmagar da van sendo amassada na traseira do palio, alguma coisa me atingiu, mas não na direção que eu esperava. Minha cabeça bateu no asfalto gelado e eu podia sentir algo me prendendo no chão. Mas não tive oportunidade de perceber mais nada, porque a van ainda vinha. Raspara com um rangido na traseira do palio e, ainda girando e derrapando, estava prestes a bater em mim de novo.
Um palavrão me deixou ciente que alguém estava comigo e era impossível não reconhecer a voz. Duas mãos brancas se estenderam protetoras na minha frente e a van estremeceu até parar a trinta centímetros do meu rosto, as mãos criaram um providencial amassado na lateral da van. Um gemido metálico feriu meus ouvidos e a van finalmente parou.
Por um segundo o silêncio foi absoluto, antes que começasse a gritaria. No tumulto repentino, eu podia ouvir mais de uma pessoa gritando meu nome. Mas derrepente tudo começou a ficar embaçado, e a dor na minha cabeça aumentou.
- Esta...doendo...- Eu gemi, colocando uma das mãos na cabeça
Mesmo com o tumulto ainda podia ouvir com clareza a voz baixa e tranquila de Kyuketsuki Hiiro no meu ouvido.
- Não se preucupe Yasha, esta tudo bem agora. - Foi a ultima coisa que eu ouvi antes de desmaiar por completo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

CAPÍTULO 5 - Reencontro

Não quis falar com Simon hoje, e ele ficou um pouco triste mas eu sei que ele entende. Depois de chegar da escola, decidi descansar um pouco e dormi até as 18h, depois de acordar me arrumei para dar um passeio por ai. A temperatura tinha caído para 12Cº, perfeito.
Avisei da minha saída, e como previsto Simon começou um daqueles longos discursos sobre segurança e cuidado a noite e me mandou voltar antes das 22h, quando finalmente me liberou sai de casa em busca de um ambiente mais calmo. Em uma cidadezinha como Forks não existem tantos lugares do jeito que eu quero, então me dirigi a floresta, e se eu me perder vai dar tempo de voltar no prazo.
Cheguei na floresta quando tudo estava finalmente escuro, o céu estrelado, e a lua estava cheia, então não me surpreendi ao ouvir lobos. Nuvens estavam chegando ao norte, sinal que amanhã vai chover, procurei um campo aberto para observar o céu, então ouvi uma voz conhecida.
- Não acha perigoso, uma garota como você andar sozinha pela floresta?
Eu sabia quem era, ele some por quase um mês, e quando volta vem falar comigo, como se nada tivesse acontecido. Talvez perdeu a memória, então me virei com um humor não muito bom para responder ao Hiiro. Mas assim que olhei pra ele paralisei, ele estava totalmente diferente da ultima vez, parecia mais pálido, o cabelo desarrumado e seus olhos pareciam estar mais luminosos, talvez seja os raios da lua cheia.


- Ia falar algo? - Ele me perguntou, e assim sai do transe.
- Talvez...... - Dei uma de quem não quer nada.
- Então tudo bem.
Ele se virou para ir embora, então não aguentei e falei de uma vez:
- Porque agiu daquele jeito a 3 semanas atrás?
Ele não me respondeu, então decidi esperar, depois de um minuto ele deitou na grama e ficou observando o céu, mas não me respondeu. Naquele momento a probabilidade dele ter amnésia aumentou bastante.
Eu bufei, e sentei ao lado dele.
- Você é muito estranho.
- Yasashii....
- Que foi?
-....Não devemos ser amigos....
- Ok, você me trata daquele jeito, depois de um mês você volta pra me dizer isso?! Se não queria ser meu amigo, devia ter falado antes!
- Eu não disse que não queria ser seu amigo. Só disse que não deveríamos.
Fiquei em silêncio por um tempo.
- Agora é oficial, você é a pessoa mais estranha que eu já conheci! - Deitei na grama.
Ao longe ouço um lobo uivando. Hiiro se levantou um pouco da grama e ficou sentado, olhando fixamente para a direção do uivo.
- Que foi?
- Lobos. Não gosto deles.
- Eu gosto. - No mesmo instante Hiiro voltou a atenção para mim.
- Como?
- Eu gosto de lobos, eles me lembram Huskys Siberianos.
- Você já teve um?
- Na verdade eu tenho um, o nome dele é Demo. Minha mãe participava das corridas de trenó, Demo era um dos favoritos dela, e o meu também....
- Onde esta sua mãe?
- Bem....- Disse com um sorriso tristonho - Ela morreu, por isso vim para cá. - Olhei para baixo, com lágrimas no rosto.
- Eu sinto muito. Eu entendo como é não ter alguém.
- Como assim? Você não perdeu sua mãe ou seu pai....
- Na verdade, eu perdi os dois, pra ser mais exato eles me abandonaram quando eu tinha 6 anos, depois eu fui adotado pela família Kyuketsuki.....
Não consegui falar nada; Então Hiiro era adotado e parecia me entender mais que os outros, a essa altura eu ja tinha parado de chorar. Ele se levantou, eu também levantei e olhei o relógio.
- Droga, já são 21h!
- Qua o problema?
- Simon me quer em casa antes das 22h.
- Você não devia ter ido para tão longe de casa.
- Não precisa me lembrar! - Me preparei para correr.
- Mesmo correndo você nunca vai chegar a tempo. - Disse Hiiro, vendo o que eu pretendia fazer.
- Tem uma ideia melhor?
Ele não falou nada, simplesmente fez um sinal para que o seguisse e andou ate o início da floresta. Obedeci, sem muitas opções, então logo saímos da floresta e já estávamos na cidadezinha de Forks outra vez. Hiiro andou ate o Eclipse e abriu a porta do carona, olhando pra mim.
-Opa, você quer que eu vá com você?
- Tem uma ideia melhor?
Eu percebi que ele repetiu minha frase, mas eu não tinha ideia melhor de fato então entrei no carro, derrotada. Fechei a porta e coloquei o cinto de segurança, dei um suspiro e fechei os olhos pensando em qualquer coisa. Logo senti o carro ganhando velocidade, mas eu continuava perdida nos pensamentos.
- Como esta sendo sua nova vida em Forks? - Hiiro interrompeu minha linha de raciocínio sem sentido.
- Ainda tenho saudade do Alaska, e vou admitir, se eu pudesse voltava pra lá.
- Mesmo sem ninguem te esperando lá?
- Não é da sua conta..... - No meio do meu raciocínio sem sentido, lembrei do porque que eu queria falar com o Hiiro. O comportamento dele no meu primeiro dia de aula, e acho que ele percebeu.
- Desculpa por ter agido daquele jeito Yasha, mas como eu disse antes, não deveríamos ser amigos.
- Você me diz isso, mas ainda quer ser meu amigo. Você me confunde muito.
- Então porque não começa com algum assunto que te agrade?
- Seria ótimo, queria fazer algumas perguntas. - Mantive o tom sério
- Estou ouvindo. - Ao contrario de mim, ele parecia mais tranquilo.
- Me diz porque você não tem namorada? - Sei que isso foi repentino e estranho, mas eu precisava fazer essa pergunta. Se eu a fizesse no Alaska com mais frequência teria e evitado de certas situações. Quero ter certeza que não acontecerá de novo.
- Porque me perguntou isso?
- Bem.... - Eu precisava de uma desculpa, nunca iria dizer o motivo real. Então tive a ideia perfeita - Pelo simples fato de que todo garoto, como você, que conheci sempre tinham uma namorada.
- Como eu?
- Um garoto admirado e amado por mais da metade das meninas da escola.
- Aaah....- Pelo tom que ele me respondeu, ele não devia fazer ideia desse fato, mesmo que a escola inteira ja soubesse disso. Ou estaria fingindo? Como ele me confunde!!
- Pode responder a minha pergunta?
- Eu nunca achei a garota certa...
- Entendo.
- ...Até hoje. - Ele falou o resto da frase bem baixo e sorrindo.
- Como assim?
- Já chegamos.
Eu nem percebi o carro parando, eu podia ter insistido para ele me explicar, mas eu vi por uma das janelas, Simon andando em círculos, então era melhor eu entrar logo.
- Obrigada pela carona, Sayonara.
- Nos vemos amanhã Yasha.
Sai do carro e fui direto pra casa, antes de abrir a porta olhei para trás, Hiiro não estava mais lá, como eu pensei. Lembrei da ultima frase dele e sorri, mesmo estranho ele era legal. Mal abri a porta e Simon já me abraçou.
- Yasashii!! Eu estava preucupado.
- Mas Simo...Pai...Eu cheguei antes das 22 horas.
- Você chegou faltando 15 minutos para as 22 horas! Fiquei preocupado!
- Mas eu já estou aqui.- Simon se acalmou um pouco. - Vou tomar um banho, com licença.
- Tudo bem, mas desça logo, o jantar já esta quase pronto.
Subi ate meu quarto e olhei pela janela, tinha começado a chover e a esfriar um pouco mais. Aquele dia estava ficando melhor, espero que continue assim. Por sorte, amanhã tenho aula de biologia, mal posso esperar.

domingo, 8 de agosto de 2010

CAPÍTULO 4- Sumiço

Acordei na manhã seguinte na expectativa de rever o Hiiro. Eu estava tão nervosa que na hora do café da manhã, Simon me estranhou.
- Esta acontecendo algo filha?
- Einh?
- Tem algo te incomodando?
- Não, não....Claro que não...Porque você acha isso..?
Peguei minha mochila e andei até a porta, Simon me olhou confuso, depois voltou a comer. Sai de casa, meus passos estavam rápidos, o tempo estava nublado como sempre, e 90% de probabilidade de chuva. Como esperado encontrei com Tiffany no caminho.
- Oi Yasha....Pra que essa pressa toda?
- Ola Tiffany, é que...bem....
Não consegui responder.
- Tudo bem, mas nesse ritmo vai chegar na escola 15 minutos antes do sinal bater.
- Não se preocupe, não quero ir pra aula tão cedo.
Tiffany me observou confusa, mas logo entendeu e abriu um sorriso largo no rosto. Pensei que ela ia falar algo mas ela ficou quieta. Chegamos na escola, os outros ainda não chegaram. Ao ver a Yuki e o Taiyo, comecei a olhar freneticamente ao meu redor.
- Esta a procura seu príncipe encantado?
Corei um pouco, e Tiffany sorriu mais ainda.
- Vem comigo.- Depois de dizer isso, pegou minha mão e me levou ao estacionamento.
- O que estamos fazendo aqui Tiffany?
- A unica maneira de saber se Hiiro veio ou não a escola, é procurar pelo Eclipse Prateado.
- Mas os irmãos dele não estão aqui?
- Você é realmente nova na escola. Cada um deles vem em seu próprio carro, o do Hiiro é um Eclipse.
Por um momento, pensei como deve ser a família do Hiiro, se é tão estranha quanto ele.
- Acho que ele não veio hoje - Tiffany suspirou - Que pena Yasha.
Fiquei sem comentários, logo em seguida chegou Agatha e Theodore, eles tinha vindo no carro do Scotty.
- Desculpe a demora, ou vocês que chegaram mais cedo?
- Fomos nós que chegamos mais cedo Agatha. Eu e Yasashii estavamos proucurando o "você sabe quem".... - Tiffany falou isso e deu uma risadinha.
- Sério ?? - Agatha também riu um pouco.
- Eu to sabendo porque estão rindo, e pra informação de vocês eu não estou.... Repito, não estou gostando do Hiiro, ele só me da curiosidade.
- Aham..... Ta bom.....
- Agatha!!!
- Vamos Yasha, não negue o que esta mais do que óbvio - Fiquei corada com a fala de Tiffany.
As duas começaram a rir, e depois eu também, e por fim nos cinco estavamos rindo. O sinal bateu, e fomos para as salas de aula. O resto do dia foi como o esperado: conversas, brincadeiras, fofocas, e muitas risadas, é divertido ser amiga deles. Na volta, Tiffany e eu conversamos bastante também, parecia que os assuntos não tinham fim. Cheguei em casa, tomei um banho, assisti televisão com Simon, para ele não se sentir sozinho, jantei e depois fiquei no notbook até a hora de ir dormir, como faço quando estou querendo distração antes de dormir..
Acordei como no dia anterior, na esperança de ver Hiiro outra vez, mas não aconteceu, na verdade, não vi ele o resto da semana, e na semana seguinte, e na outra semana também não. Comecei a me sentir culpada, mas não fazia sentido, eu não fiz nada de mais, só conversei com ele e derrepente ele age daquela forma, então a culpa não é minha é dele.... Ou a culpa não é de ninguém? Não faz sentido.
Estavamos na quinta-feira, da ultima semana do mês, era um dia com sol e menos umidade do que o normal, sentei com meus amigos nas mesas externas do colégio com uma expressão de decepção.
- O que foi flor das montanhas?
- Não sei Agatha, ele não apareceu na escola de novo faz umas 3 semanas.
- Ele quem?
- Ai Theodore, você ta mesmo por fora do que acontece! Yasha esta falando do Hiiro. - Respondeu Tiffany - Isso realmente é estranho, os irmãos dele continuam vindo, mas ele não.
- Agatha tem razão. E por falar nos irmãos dele, nem um dos dois vieram hoje. - Comentei
- Sempre que o tempo esta bom os Kyuketsukis não aparecem na escola, o pai deles os levam para acampar, tentei isso com meus pais só que não rolou. - Tiffany disse, enquanto se banhava de raios de sol
- Hmm......
Olhei para o céu, observando aquele azul quase infinito e raro nesta região. Na volta para casa eu e Tiffany conversamos muito como sempre, enquanto tomávamos mais raios de sol. Como sempre, no começo da minha rua a gente se despediu, e Tiffany continuou seu caminho pela outra rua. Antes de entrar em casa olhei para o céu uma ultima vez.
Dei um suspiro, e abri a porta, minhas esperanças de reencontra-lo estavam se esgotando.

sábado, 7 de agosto de 2010

CAPÍTULO 3- Um dia de escola

O sinal bateu, já tinha acabado a aula, antes que eu percebe-se Hiiro já tinha saído da sala. Dei um suspiro, e comecei a arrumar meus cadernos. Tiffany e a amiga dela vieram até mim.
- Yasashii, como você é sortuda! Vai sentar com o Hiiro! Não posso acreditar!
- Já vi que ele é um menino desejado entre as garotas daqui. - Era fácil perceber isso, não só pelo comentário da Tiffany, ele era lindo de morrer.
- Acho que "desejado", não é mais a palavra apropriada. - Falou a garota de cabelos azuis.

- Prazer, sou Agatha.
- O prazer é meu. Sou Yasashii, mas podem me chamar de Yasha.
Mais tarde, eu já estava me sentindo enturmada, na hora do almoço Tiffany, Agatha e eu fomos andando até o refeitório.
- Mas então, como é a historia desse Hiiro? - Perguntei indiferente.
- Esta curiosa né?! - Tiffany brincou - Bem ele é super popular entre as meninas, mas parece não dar a mínima pra nenhuma delas. - Tiffany fez uma pausa - Na verdade as vezes ele parece não estar prestando atenção nem na própria vida... - Eu ri um pouco dessa - Ah! E ele tem um irmão chamado Taiyo, e uma irmã chamada Yuki, também tem outros dois irmãos mas sumiram faz algum tempo. A mãe deles não é muito conhecida, mas o pai é um excelente médico.
- Ele não a dá a mínima pra nenhuma garota, lógico, ele é lindo de morrer para que prestar atenção em garotas comuns....?
- E você admite?!
- N-não eu só....- Tentei fugir da situação, mas a essa altura eu já não tinha saída.
Comecei a ficar corada. Tiffany e Agatha riram de mim, disseram que eu sou engraçada quando estou com vergonha, o que me deixou mais vermelha. Chegamos ao refeitório, as duas me guiaram até uma mesa com mais dois garotos. Típico, duas garotas e dois garotos, já to vendo quem fica com quem.
O primeiro a se apresentar foi o Theodore, ele parece ser do tipo amigável, e mais reservado, também parece que ele não tira os olhos de Agatha.

Em seguida veio o Scotty, pelo que eu entendi ele tem seu próprio estilo, gosta de ficar na dele, ou seja, é um garoto independente, e Tiffany parece gostar disso.

Parece que os casais já foram feitos: Esta na cara que Tiffany gosta de Scotty, e Theodore parece não tirar os olhos de Agatha. Achei tão engraçado que soltei uma risada, eles não entenderam e eu preferi não dizer o motivo. Enquanto mordia a pizza, eu vi Hiiro em uma mesa ao fundo do refeitório com mais duas pessoas, deviam ser Taiyo e Yuki.

Observei eles por um tempo, não conseguia tirar os olhos de Hiiro, não porque ele é perfeito, eu estava tentando pensar em uma resposta lógica para aquele comportamento lá na sala de aula.
- Admirando os Kyuketsukis ? - Interrompeu Theodore.
- É que lá na sala, Hiiro agiu de uma forma estranha.
- Como?
- Ela esta sentando ao lado do Hiiro na aula de biologia. - Agatha respondeu a pergunta de Theodore, e ele pareceu ter ficado feliz.
- Eu vi, ele conversou com você, mas depois que olhou pra você..... O que será que ele viu? - Tiffany, mesmo falando comigo, olhava para Hiiro.
- Foi o que eu perguntei de início - falei, também olhando Hiiro, só virei minha atenção quando Tiffany também parou de olhar para ele -, me diga Tiffany, alguma vez você gostou dele?
- Quem, Hiiro? Já sim, todas as meninas, por isso se você se apaixonasse por ele eu não me impressionaria.
- Hmmm...- Respondi, voltando a atenção a minha comida. Olhei por uma das janelas do refeitorio. - Esta chovendo.
- Aqui sempre chove, dias de sol são raros. Você não vai se bronzear por aqui.
- Não se preocupe Scotty, eu vim do Alaska, o frio é um amigo para mim.
- Sorte sua, eu queria que as férias voltassem, eu fui para o litoral, surfei muito e fui admirado pelas meninas....
Tiffany interrompeu Scotty, ela estava visivelmente com ciúmes. Dei uma risada, Agatha também sabia o que se passava e riu comigo, Tiffany corou e Scotty ficou perdido na conversa. Ela logo tentou mudar de assunto.
- Não gostei da aula de biologia hoje, eles carregaram a sala de aromatizantes.
- Por isso aquele cheiro de flores? - Perguntei, mesmo sabendo a resposta
- É sim, parece que a turma anterior tinha deixado cair alguma coisa, e a sala ficou com um cheiro insuportável!
- Devia ter sido mesmo. - Falei sorrindo.
- Sinceramente, preferia o cheiro de qualquer ingrediente químico do que aquela lavanda misturada com flores do campo!
Todos riram do comentário de Agatha, e minutos depois o sinal tocou.
Depois, o resto do dia foi normal, não me encontrei mais com os integrantes da família Kyuketsuki, as vezes os via passando pelo corredor, mais do que isso não acontecia.
Ao final das aulas, me despedi do pessoal, Tiffany mora perto da minha casa então voltamos juntas. No caminho conversávamos sobre os professores, sobre fofocas e boatos da escola.
Ao chegar em casa, vi a viatura policial, então Simon já estava em casa, abri a porta.
- Tadaima.
- Oi princesa, como foi seu primeiro dia na escola?
- Foi bem pai, arigatou. - Na realidade eu não sei se estava falando a verdade, não sei se o dia foi realmente bom, porque o assunto sobre o Hiiro ainda me incomodava um pouco.
- Que bom, e de Forks?
- Ótimo, e o clima também é....... Favorável.
- É bom saber que esta gostando daqui.... E Yasha...- Sua voz mudava para um tom triste.
- O que foi pai?
- Eu não disse nada antes mas.... Sinto muito pela sua mãe. Eu sei que você a amava muito.
- Não se preocupe pai, estou melhorando....- Quase deixei rolar uma lagrima pelo meu rosto, mas segurei.
Simon me abraçou para me conformar. Retribui o abraço, depois eu subi para meu quarto, Simon foi ver ESPN.
Ao abrir a porta joguei a minha mochila no chão e deitei na cama.
- Que dia.... - Disse a mim mesma.
Depois de refletir um pouco, decidi tomar um banho quente. Ainda chovia e estava frio, este é um tipo de clima que eu adoro. Depois de me arrumar e fazer as lições de casa, peguei meu notbook e naveguei na internet, tentando me distrair, aquele tal de Hiiro não saia da minha cabeça, espero encontra-lo amanhã, mas como não terei aula de biologia acho menos provável. Que pena, queria tanto vê-lo de novo. Tinha algumas coisa para perguntar.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

CAPÍTULO 2- Nova escola, Novos amigos, Novos Misterios.

Depois de chegar na casa de Simon o dia foi bem calmo, afinal passei o resto desse dia arrumando minhas coisas. Depois de 4 anos achei que ia encontrar alguma teia de aranha, ou algo parecido, mas parece que Simon andou arrumando as coisas aqui para a minha chegada. Ele realmente esta feliz porque eu vou ficar com ele, mas eu sei que atras dessa felicidade ele esta se sentindo mal, porque minha mãe faleceu. Não por ele, mas porque ele sabe que eu estou sofrendo. Fui dormir o mais cedo possivel, para estar preparada para o primeiro dia de aula. Espero que eu me de bem lá, não sei se alguem por lá gosta de garotas do Alaska.
Acordei cedo, como planejado, levantei e fui ao banheiro escovar os dentes, com a sensação que aquele seria um dia bem agitado. Depois de me arrumar desci proucurando por Simon, na cozinha meu café da manhã ja estava pronto, e tinha um bilhete.
"Desculpe pela minha ausência, tive que ir mais cedo para o trabalho hoje. Abraços, papai."
Dei um suspiro, e quando terminei de comer, subi de volta para meu quarto, coloquei uma roupa apropriada para o clima do dia e peguei minha mochila, sai de casa e fui andando até a escola. Ainda não sei dirigir, e andar faz muito bem a saúde. No meio do caminho encontro uma garota, que pelo jeito estava indo para a escola também, não dei muita confiança e continuei andando. Mas quando a garota me viu, começou a puxar papo comigo.

- Oi, você é a aluna nova não é?
- Sou sim.....
- Prazer, meu nome é Tiffany!
- Eu sou Yasashii, prazer em conhece-la Tiffany.
- Seu nome é japonês não é?
- Sim, minha falecida mãe era do japão.
- Aah! - Tiffany ficou meio sem jeito- Desculpa, eu não sabia que sua mãe....Bem...
- Não se preocupe. - Tentei achar algum outro assunto. - Como é a escola?
- Já vai saber! As aulas são meio entediantes, mas o pessoal é gente fina, se é que me entende - ela deu uma piscadela -, É claro, tem uns inconvenientes mas nada com o que não possamos conviver.
- Vou tentar me lembrar disso...
Continuamos andando, até chegarmos no colégio. Então Tiffany me guiou até a secretária.
- Espero que nos encontremos outra vez.
Com um sorriso, Tiffany se virou e foi embora, cuidar da própria vida. Respirei fundo e entrei na secretária, fiquei um tempo lá recebendo instruções, depois recebi meu horário, agradeci com uma referência a moda japonesa, acho que foi porque agir como uma japonesa me faz lembrar minha mãe, e assim eu sinto ela ainda comigo. Chequei o horário, agora era minha aula de biologia, e senti um certo alivio quando encontrei Tiffany no corredor. Quando vi que nossa aula ia ser a mesma, eu fiquei duplamente feliz, inclusive ela. Primeira amizade que faço em Forks, e no primeiro dia de aula, espero que isso signifique algo bom.
Entrei na sala com Tiffany, ela foi para o seu lugar junto a outra menina, que eu sei que vou conhecer. Fui até o professor e me apresentei.
- Yasashii não é?
- Sim, senhor.
- Bem-Vinda a nossa escola, e a nossa cidade, espero que goste do clima.
- Eu gosto, aliais, ja suportei frios mais intensos.
- Serio? De onde você vem?
- Alaska.
- La é realmente frio, olha Yasha...Posso te chamar assim?
- Pode.
- Muito bem, Yasha hoje você vai sentar com o Hiiro.
- Hiiro ? - Me surpreendi, Hiiro quer dizer Escarlate em japonês. E nomes com significado japonês não são muito comuns.
- Sim, e o engraçado é que o nome de vocês dois tem dois "i" não é irônico?
- Um pouco senhor....
- Ele esta bem ali, ainda temos alguns minutos antes da aula começar.
Virei para onde o professor apontou, e vi um garoto sentado sozinho em uma mesa, olhando pela janela, ele tinha cabelos negros, e olhos azuis. Perfeito, primeiro dia de aula e já encontro o garoto dos meus sonhos, acho que ja ganhei o ano.

Sentei ao lado dele, sem falar nada, esperando alguma reação, percebi que Tiffany e a amiga dela estavam me observando com aquele olhar de "não acredito". Sera que ele é um menino muito cobiçado entre as garotas da minha série? O olhar de Tiffany e a amiga dela diziam que sim. Bem só perguntando para elas mesmo pra ter certeza, mas a essa altura já não era possível. Fiquei quieta, observando o vazio da mesa.
- Seu nome é Yasashii, não é? - Ele começou a puxar conversa.
- Sim, esse é meu nome. Você é o Hiiro estou certa?
- Correto. - Mesmo falando comigo, continuava olhando pela janela a fora - Você é a primeira garota aqui em Forks, que tem um nome japonês.
- E este é meu primeiro dia de aula e ja conheci alguém com o nome japonês também. Escarlate.
Ele deu um leve sorriso, mas ainda não olhou pra mim.
- Seu nome quer dizer Meiga, qual seu nome completo?
- Koto Yashasii.
- Seu nome pode dizer algo como "Coisa Meiga"... Que engraçado.
- E o seu nome?
- Kyuketsuki Hiiro.
- Quer dizer... Vampiro Escarlate?
- É mais ou menos isso... - Senti que a voz dele mudou um pouco, como se não quisesse tocar no assunto. Mas deu pra ver que ele tinha sorrido.
Hiiro se espreguiçou, e depois finalmente olhou para mim, eu só não esperava a reação dele. Percebi que ele prendeu a respiração, e seu braço tremeu um pouco, estava paralisado. Fiquei assustada. Será que tinha algo na minha cara? Olha até aceitaria se ele me achasse feia, mas pra ter essa reação já é exagero. Tive que perguntar:
- O que foi?
- Nada. - Sua voz estava mais séria e até mesmo urgente.
Ele se virou para frente, sem ousar fazer nenhum movimento em minha direção, e ele parecia controlar a respiração, como se estivesse alguma coisa ruim no ar. Não deu para falar nada, virei para frente, triste, estava tudo indo tão bem e agora isso. Senti que algumas pessoas a meu redor olhavam pra mim, minha reação sobre isso, foi me encolher mais na cadeira. A aula começou, e fiquei me perguntando porque aquela mudança de humor tão repentinamente.... Esse Hiiro é mesmo estranho.